sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

EDP nas mãos da China Three Gorges.

Os 21,35% da EDP que estavam na mão do estado Português, passam agora po 2.7MM€ para outro estado, o chinês.
O critério usado, a oferta financeira mais atractiva, com direito a implantação de fábrica eólica, que estimam que irá dar contributo na balança de pagamentos em 500M€, fora as portas que se abrem a bancos chineses e outros investimento. No entanto se forem tão bons como os governos anteriores a controlarem as contrapartidas ( vide Submarinos e helicopteros ), estes 500M€ ainda se passam a pesar no dévice em vez de nas receitas.
O apostar na receita superior agora, não terá prejudicado as relações futuras com Brasil e Alemanha, nas propostas feitas pela Electrobrás e E.ON?
O futuro irá indicar se o negócio foi mesmo bom, ou se existem rabos de palha escondidos em todo este processo.
A china ver-nos-á, como uma porta para a Europa e tal como uma porta, apenas serve para passar para o outro lado, seremos o porto chinês na Europa? Espero bem que sim.
Venham os bancos chineses, venham os turistas chineses, venham porque precisamos e muito, chega de termos apenas os Angolanos a desdizerem em tudo, precisamos de um contrapeso, parece-me que a China será esse fiel da balança para que não entreguemos tudo a um país.
Tal como na bolsa, há que diversificar e nada melhor para Portugal que ter diversos investidores, de diferentes nacionalidades a investir, houvessem 3 EDP's e entregava-se as 2 que sobravam aos Brasileiros e Alemães.
A ter cuidado, apenas referir o que todos já o dizem, a China tem dificuldade em cumprir com normas e direitos que se intrometam entre eles e o lucro / crescimento, o que a vinda destas empresas chinesas, vão ser mais um foco de discórdia para o sindicatos, mas parece-me que estas empresas, não serão tolerantes e passarão por cima de todos eles. É isto que queremos?
Onde e quem delineará o limite da China Three Gorges? Há limite? Ou daqui a um ano a EDP já não existe, porque levou com a grande OPA e foi desmembrada? O futuro o dirá.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Christopher Hitchens morre aos 62 anos - dia 15 de Dezembro

Só recentemente, infelizmente talvez, conheci este autor, critico de literatura, colunista, pensador, talvez filósofo. Disse infelizmente, porque era alguém que com uma linguagem clara, às vezes trocolento, mas que agarrava os ouvintes conseguia discorrer o seu pensamento, usando a lógica para derrubar o que ele dizia que era o mal do mundo, a Religião.

Morre sem conseguir que a religião desapareça totalmente, mas provavelmente saberá que à morte dele, a da religião também definha lentamente.

Este definhar é muito da culpa de pensadores, como ele e outros que fazem as pessoas pensar e não alinhar por tudo o que nos dizem para aceitar.

A ausência de dogmas, de tabus, mas também a sua impaciência, para o que ele chamava de estupidez, sendo muitas vezes mordaz, corrosivo e muito mal educado, garantiram-lhe um lugar de relevo naqueles que marcaram o mundo na curta passagem que fez por cá.

Se estava enganado ou não, certamente o saberá agora, ou muito provavelmente o que muito provavelmente descrobriu é que depois de morrer não há nada, ele deixou de existir, passou apenas a existir nos seus livros, nas suas descobertas pessoais que não teve qualquer espécie de receio em as partilhar.

Leiam o livro God Is Not Great: How Religion Poisons Everything.a mim abriu-me horizontes e passei a querer saber mais sobre a questão. A racionalidade dos ateístas.